Determinação da localização de áreas susceptíveis a desertificação usando autômatos celulares

Resumo: A desertificação atinge principalmente regiões hiperáridas, áridas, semiáridas e subúmidas secas, sendo consequência da combinação de um conjunto de ações antrópicas e de mudanças climáticas. Mostra-se como um desafio global, uma vez que acomete diretamente a segurança alimentar, implica em migração em massa e guerras por recursos hídricos, instigando crises humanitárias. A necessidade de metodologia genuína, justifica a proposta deste trabalho, que traz como objetivo principal apresentar um modelo formado pela combinação entre Autômatos Celulares, Sistema de Informação Geográfica e Sensoriamento Remoto, apropriado para modelar o avanço da desertificação em áreas vulneráveis ao fenômeno e no entorno de áreas já desertificadas. O município de Gilbués, no Piauí, foi escolhido como área de estudo para teste do método, uma decisão que se justificou no fato de o local apresentar dinâmica acelerada de degradação e ser a maior área em processo de desertificação do Brasil. Para a elaboração do mapa de localização e a hidrografia da área de estudos serão utilizados dados cartográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para o uso e a ocupação da terra serão utilizadas imagens dos satélites LANDSAT 7, sensor ETM+, e LANDSAT 8, sensor OLI. A Cadeia de Markov será executada para representar as possíveis alterações de uso da terra e os Autômatos Celulares para adicionar a referência geográfica ao processo. Já a ocorrência de desertificação será dada por meio da suscetibilidade entre as classes de uso e ocupação da terra; e por fim, um ano futuro será escolhido para o cálculo da probabilidade de desertificação utilizando a combinação de Autômatos Celulares e Cadeia de Markov. A partir disso, espera-se que a identificação de pontos críticos de desertificação auxilie na recuperação e/ou restauração dessas áreas; que seja possível entender a dinâmica de expansão do fenômeno; que as informações sobre o uso e ocupação da terra sirvam de subsídio para tomada de decisão de ação preventiva nas áreas em alerta; e que este trabalho colabore com o avanço das pesquisas relacionadas à desertificação.

Data de início: 06/03/2017
Prazo (meses): 24

Participantes:

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Coordenador GILSON FERNANDES DA SILVA
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