INDICADORES DE ESTÁGIO SUCESSIONAL EM UM FRAGMENTO FLORESTAL DE MATA ATLÂNTICA NO SUL DO ESPIRITO SANTO

Nome: LUCIANA DE SOUZA LORENZONI PASCHOA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/02/2016
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
GILSON FERNANDES DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
GILSON FERNANDES DA SILVA Orientador
HENRIQUE MACHADO DIAS Examinador Interno
KARLA MARIA PEDRA DE ABREU Examinador Externo
OTACÍLIO JOSÉ PASSOS RANGEL Examinador Externo

Resumo: PASCHOA, Luciana de Souza Lorenzoni. Indicadores de estágio sucessional em um fragmento florestal de Mata Atlântica no sul do Espirito Santo. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Prof. Dr. Gilson Fernandes da Silva. Coorientadora: Profa. Dra. Karla Maria Pedra de Abreu.

Esse trabalho objetivou identificar os indicadores mais associados aos diferentes estágios sucessionais em um fragmento florestal de Mata Atlântica que compõe o Polo de Educação Ambiental do Ifes Campus de Alegre (PEAMA). Para tal, o fragmento florestal do PEAMA (109,6 ha) foi dividido em três glebas com distintas idades de pousio: gleba 1 (39,47 ha e 46 anos de pousio após corte seletivo de madeira), gleba 2 (26,95 ha e 56 anos de pousio após cultivo de café) e gleba 3 (20,63 ha e 42 anos de pousio após o abandono de pastagens). Utilizou-se o método de parcela de área fixa (20 x 20 m), totalizando 19 parcelas (0,76 ha) distribuídas sistematicamente no fragmento florestal do PEAMA, sendo: sete parcelas na gleba 1, seis na gleba 2 e seis na gleba 3. Todos os indivíduos arbóreos com DAP&#8805;5 cm foram amostrados sendo realizada a análise fitossociológica. A estrutura diamétrica foi comparada entre as glebas por meio do teste Qui-Quadrado. Foram calculados os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H'), que foi comparado entre as glebas por meio da Estimativa Jackknife, e de equabilidade de Pielou (J). Calcularam-se os índices de similaridade de Sørensen e de Morisita Horn entre as glebas. As espécies foram classificadas quanto às categorias sucessionais e às síndromes de dispersão. Outras variáveis foram amostradas, sendo essas: lianas, cobertura vertical de liquens e briófitas/vasculares sem sementes, ambos corticícolas, contagem das epífitas vasculares e dos fungos macroscópicos e análise química e física do solo nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. As glebas foram comparadas por meio da análise de variância (ANOVA) e discriminação das médias pelo teste Tukey, quando necessário. Para as variáveis que não atenderam aos requisitos de um teste paramétrico, foi aplicado o teste de Kruskal-Wallis e as médias foram discriminadas pelo teste Dunn. Amostrou-se, dentre os indivíduos arbóreos, um total de 1772,4 ind ha-1 pertencentes a 153 espécies, 91 gêneros e 33 famílias botânicas. A gleba 2 apresentou a maior abundância (1912 ind ha-1) e a gleba 3 a maior riqueza (93). As famílias Fabaceae e Meliaceae foram as mais ricas nas três glebas. O índice de Shannon-Wiener (H) foi de 4,22 para o fragmento florestal do PEAMA e não houve diferença estatística entre as glebas. O índice de similaridade de Sørensen demonstrou maior semelhança entre as glebas 1 e 3 (0,55) e o índice Morisita Horn formou o primeiro bloco entre as glebas 2 e 3 (0,46). A área basal foi de 29,02 m2 ha-1 para o fragmento florestal do PEAMA e entre as glebas os valores foram estatisticamente iguais. Registrou-se 3003,95 ind ha-1 de lianas no total das glebas, sendo encontrada na gleba 3 a menor abundância (2101 ind ha-1) e maior proporção de indivíduos na segunda classe de diâmetro (43,6% com 2,5&#8804;DAP<5). Foram encontrados 294,43 m ha-1 de liquens e 39,49 m ha-1 de briófita/vasculares sem sementes , ambos corticícolas. Amostrou-se 794,7 ind ha-1 de fungos macroscópicos no fragmento florestal do PEAMA. A análise química do solo demonstrou tendência de maior acidez na gleba 2 e a análise física foi estatisticamente igual entre as glebas. As variáveis amostradas na presente pesquisa indicaram que as glebas encontram-se em processos sucessionais semelhantes e, assim, não foram identificados indicadores mais associados aos diferentes estágios sucessionais no fragmento florestal do PEAMA.

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