EPÍFITOS VASCULARES SOBRE Pseudobombax aff. campestre (Malvaceae) EM COMPLEXOS RUPESTRES DE GRANITO NO SUL DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Nome: DAYVID RODRIGUES COUTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 08/04/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIO NICOLETTI DE FRAGA Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Coorientador
JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE Orientador
MARCOS VINICIUS WINCKLER CALDEIRA Suplente Interno
MIRIAM CRISTINA ALVAREZ PEREIRA Suplente Externo

Páginas

Resumo: COUTO, Dayvid Rodrigues. Epífitos vasculares sobre Pseudobombax aff. campestre (Malvaceae) em complexos rupestres de granito no Sul do Espírito Santo, Brasil. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES. Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Macedo Pezzopane. Coorientadores: Prof. Dr. Henrique Machado Dias e Prof. Dra. Miriam Cristina Alvarez Pereira.

O epifitismo constitui uma característica marcante de florestas tropicais úmidas, fazendo destes ambientes um dos ecossistemas mais complexos do globo. No entanto, para ecossistemas rupestres, os dados existentes na literatura sobre esta sinúsia são escassos. Desta forma, a composição florística e os padrões de diversidade e distribuição vertical de epífitos vasculares foram realizados
sobre o forófito focal Pseudobombax aff. campestre, amostrados em complexos rupestres em granito no Sul do Espírito Santo. Espécies epifíticas foram coletados entre os anos de 2010 a 2012, sendo complementadas através de consulta de material depositado no herbário MBML referentes as localidades estudadas. Foram registradas 151 espécies, 77 gêneros e 21 famílias de
epífitos vasculares, onde Orchidaceae e o gênero Epidendrum, apresentaram as maiores riquezas. Onze espécies tiveram seu primeiro registro para o Espírito Santo e dezesseis enquadraram-se em alguma categoria de ameaçada. A relação com o forófito mais diversificada foi a dos holoepífitos característicos, seguido por holoepífitas acidentais. Análises de similaridade evidenciam a formação de floras distintas entre as populações de P. aff. campestre estudadas e outros levantamentos do sul e sudeste do Brasil. No
estudo quantitativo, foram amostrados 90 forófitos, divididos em cinco zonas ecológicas. Em cada uma das zonas foram atribuidas notas à dominância das espécies epifíticas, de acordo com a sua biomassa. Foram registradas 142 espécies de epífitos vasculares, com índice de Shannon de 4,44 e a equidade de 0,90. Nenhuma espécie se destacou amplamente em importância, sendo Rhipsalis teres, Vriesea lubbersii, Bulbophyllum cantagallense e Microgramma squamulosa as que ocuparam as primeiras posições. Maior riqueza, diversidade e equidade foram associadas às raízes superficiais, onde
holoepífitas acidentais e facultativas são abundantes. A distribuição das espécies ao longo das zonas dos forófitos evidenciou maior semelhança florística entre os estratos de maior proximidade, que distinguiu dois grupos, um de copa e outro da base dos forófitos. A ordenação das 35 principais espécies evidenciou a existência de 13 espécies associadas com alguma zona de P. aff. campestre, no entanto, 63% das espécies, tiveram ampla distribuição sobre as zonas dos forófitos. O diâmetro e a altura dos forófitos apresentaram
alta correlação com a riqueza epifítica. A elevada riqueza e diversidade encontrada sobre Pseudobombax aff. campestre, certamente relaciona-se as estruturas morfológicas peculiares deste forófito, permitindo ampla colonização da flora epifítica. Este forófito, certamente resguardou uma flora epifítica pretérita, advinda das florestas que faziam contato com os limites dos afloramentos estudados, sendo esta, uma espécie nucleadora de biodiversidade em complexos rupestres em granito do sudeste brasileiro.

Palavras-chave: epifitismo, complexos rupestres em granito, distribuição vertical, dossel da Mata Atlântica, forófitos

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