ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO ENTORNO DO PARQUE NACIONAL DO CAPARAÓ NO ESTADO DO ESPÍIRITO SANTO

Nome: TESSA CHIMALLI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Orientador
CARLOS ALBERTO MARTINELLI DE SOUZA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADERBAL GOMES DA SILVA Examinador Interno
ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS Orientador
JÉFERSON LUIZ FERRARI Suplente Externo
JOÃO BATISTA ESTEVES PELÚZIO Examinador Externo

Resumo: CHIMALLI, Tessa. Áreas de Preservação Permanente no Entorno do Parque Nacional do Caparaó, no Estado do Espírito Santo. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre-ES. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Rosa dos Santos.

O presente estudo teve como objetivos analisar as mudanças ocorridas com a alteração do Código Florestal (CF) nas Áreas de Preservação Permanente (APPs) no entorno capixaba do Parque Nacional do Caparaó e avaliar as influências do relevo sobre o estado de conservação dessas áreas. Para o mapeamento das APPs de nascentes e cursos dágua, a hidrografia utilizada foi obtida por meio de fotointerpretação em tela de aerofotos da região, utilizadas também para mapear todos os fragmentos florestais acima de 0,5 ha. Foram mapeadas cinco classes de APPs. No mapeamento das APPs de encostas com declividade superior a 45 graus, topos de morros e montanhas e altitudes acima de 1.800 m, gerou-se o Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC) a partir de curvas de nível com equidistância vertical de 20 m e resolução espacial de 10 m. Posteriormente, aplicou-se o teste estatístico do qui-quadrado sobre as combinações das imagens matriciais de APPs com as categorias de relevo altitude, declividade e aspecto. Por meio dos resultados obtidos, verificou-se que a alteração do Código Florestal implicou na redução de 6,44% das APPs nos 65.238,84 ha de área estudada e aumentou de 17% para 18,3% o percentual de APPs conservadas. Todas as classes de APPs passaram a abranger 24,8% da área de estudo, sendo que a classe mais expressiva está localizada em topos de morro e montanhas, as quais representam 76,19% das APPs no antigo CF e 69,62% no novo CF. No novo CF, os municípios que mais contribuem com áreas de preservação cobertas com florestas são Iúna (23,3%) e Irupi (20,3%) e os que mais necessitam se adequar legalmente são Ibatiba (9,9%) e Ibitirama (14,8%). A presença de cobertura florestal foi significativamente relacionada com a altitude. Entre 495,52 m e 1.110,44 m as classes de APPs de cursos dágua e topos de morro e montanhas estão mais impactadas. As classes de declividade de relevo plano (0-3°) a fortemente ondulado (20-45°) também foram significativas para estas mesmas classes de APPs, bem como o relevo montanhoso (45-75°) para as APPs de topos de morro e montanhas. Todas as orientações das vertentes foram significativas para o estado de conservação das APPs, sendo que as vertentes Sul, Sudeste e Sudoeste apresentam as APPs menos impactadas. O uso do geoprocessamento e análise da influência do relevo sobre e estado de conservação das APPs foram eficazes, contribuindo para futuras tomadas de decisões que visem à conservação da biodiversidade e o cumprimento da legislação.

Palavras-chave: legislação ambiental, geoprocessamento, qui-quadrado.

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