Impacto das mudanças climáticas em espécies florestais

Resumo: Há algumas décadas, a problemática das mudanças climáticas globais (MCG) tem despertado crescente interesse da comunidade científica e do público, constituindo um dos temas mais preocupantes da atualidade. A intensificação da atividade antrópica tem resultado em aumento significativo da concentração de dióxido de carbono (CO2) atmosférico, a qual tem contribuído para as MCG.
De acordo com o último relatório do IPCC emitido em 2013, as concentrações de CO2 na atmosfera já aumentaram mais de 20% desde 1958, quando medições sistemáticas começaram a ser feitas, e cerca de 40% desde 1750. Caso as emissões de gases do efeito estufa continuem crescendo às atuais taxas ao longo dos próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar em até 4,8oC neste século. Os cientistas do IPCC afirmam que as três últimas décadas foram as mais quentes em comparação com todas as anteriores desde 1850. Alterações no ciclo da água, também, foram observadas e as mudanças deverão continuar ocorrendo, mesmo se a concentração de gases de efeito estufa se estabilizar, devido à inércia térmica do sistema e o longo período necessário para retornar ao equilíbrio. Todas essas mudanças ambientais podem causar alterações no crescimento e desenvolvimento, na morfologia e nos processos fisiológicos e bioquímicos das plantas, afetando sua sobrevivência e produção vegetal.
Deste modo, é imprescindível que estudos sejam realizados com o objetivo de quantificar os impactos das MCG sobre o desenvolvimento das plantas com o propósito de propor medidas de prevenção e remediação das MCG em importantes biomas, como é o caso da Mata Atlântica e Floresta Amazônica. Assim, o principal objetivo desta proposta é investigar o efeito do aumento da concentração de CO2 atmosférico e das condições microclimáticas, combinadas com níveis de disponibilidade de água no solo, no crescimento e na fisiologia de plantas das espécies florestais tropicais: Jaborandi (Pilocarpus microphyllus), Castanha do Pará (Bertholletia excelsa), Açaizeiro (Euterpe oleracea) e Pau-Brasil (Caesalpinia echinata L.). Além disso, buscar-se-á elucidar possíveis respostas bioquímicas das espécies em foco, em diferentes condições climáticas impostas por ambientes modificados.
A escolha das espécies neste projeto foi definida com o auxílio do setor florestal (pesquisadores de instituições públicas e membros da equipe do projeto), de modo que os resultados a serem obtidos sirvam de base para implementação de medidas adaptativas e/ou mitigadoras frente às mudanças climáticas. O conhecimento a ser gerado a partir da presente proposta, também, poderá servir de subsídios a empresa Vale S.A no manejo e conservação de espécies florestais frente às MCG.

Data de início: 01/11/2016
Prazo (meses): 48

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Doutorado GENILDA CANUTO AMARAL
Aluno Doutorado SALIM CALIL SALIM NETO
Aluno Doutorado LUCIANA DE SOUZA LORENZONI PASCHOA
Coordenador JOSÉ EDUARDO MACEDO PEZZOPANE
Pesquisador TALITA MIRANDA TEIXEIRA XAVIER
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