EFEITO DA MODIFICAÇÃO TÉRMICA NAS PROPRIEDADES DA MADEIRA DE MOGNO AFRICANO (Khaya ivorensis A. Chev.)

Nome: ANA CARLA BEZERRA DE LIMA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/04/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
DJEISON CESAR BATISTA Co-orientador
JUAREZ BENIGNO PAES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ TARCÍSIO DA SILVA OLIVEIRA Examinador Interno
JUAREZ BENIGNO PAES Orientador
ROSILEI APARECIDA GARCIA Examinador Externo

Resumo: O Brasil é reconhecido por possuir uma das maiores biodiversidades do mundo. Em relação aos recursos florestais, a madeira é um dos principais. O mogno brasileiro (Swietenia macrophylla) em decorrência da exploração, encontra-se escasso e, portanto, há diminuição da oferta e aumento de preços no mercado nacional e internacional e, também por ser atacado pela Hypsipyla grandella (broca-do-ponteiro). A fim de contornar tais problemas, foi introduzido no Brasil, o mogno africano (Khaya sp.). Houve uma boa aceitação do mercado, por ter características semelhantes ao mogno brasileiro e ser resistente à broca-do-ponteiro, motivando o crescimento das áreas plantadas no Brasil. Com tal potencial econômico, mas com carências em relação a trabalhos que abordem o conhecimento tecnológico dessa madeira. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o efeito da modificação térmica nas propriedades da madeira de mogno africano (Khaya ivorensis). Foram avaliadas a posição de amostragem alburno/cerne e cerne interno e a temperatura de modificação térmica. Avaliou-se o efeito das temperaturas de modificação térmica na colorimetria; química; propriedades físicas e mecânicas e, realizados ensaios biológicos com térmitas (madeira seca e subterrânea). Para os tratamentos térmicos realizados (180 e 200 °C) foi percebido um realce na cor da madeira de mogno africano, tendo adquirido uma coloração mais uniforme. A madeira modificada termicamente tornou-se menos higroscópica, dimensionalmente mais estável e menos densa, para ambas as temperaturas (180 e 200 °C). O teor de umidade de equilíbrio, densidade aparente e inchamento tangencial diminuíram com o aumento da temperatura de 180 para 200 °C. Quanto aos módulos de elasticidade (rigidez), tanto estático como o dinâmico, constatou-se, de forma geral, que aumentaram com a elevação das temperaturas dos tratamentos térmicos (180 e 200 °C). A temperatura mais indicada para a melhoria da resistência da madeira a térmitas de madeira seca (Cryptotermes brevis) e subterrâneas (Nasutitermes corniger) foi a de 180 °C, por promover maior mortalidade e a morte mais rápida dos insetos. Assim a temperatura de 180 °C foi a mais favorável para a modificação térmica da madeira de mogno africano testada.

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