REGENERAÇÃO NATURAL E BANCO DE SEMENTES DO SOLO SOB EFEITO DE BORDA EM UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DAS TERRAS BAIXAS

Nome: LHORAYNNE PEREIRA GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS EDUARDO DE ARAÚJO BARBOSA Examinador Externo
FABRÍCIO ALVIM CARVALHO Examinador Externo
HENRIQUE MACHADO DIAS Orientador

Resumo: O estrato de regeneração natural e o banco de sementes do solo são importantes mecanismos de regeneração florestal. Compreender como esses mecanismos estão sendo influenciados pelas mudanças ambientais na borda florestal, pode permitir compreender como o efeito de borda está condicionando o processo de sucessão. Este estudo teve como objetivo verificar a influência do efeito de borda sobre o estrato de regeneração natural e o banco de sementes do solo em um fragmento de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas no norte do estado do Espírito Santo. Para a amostragem da regeneração natural e do banco de sementes do solo foram alocados 36 parcelas de 5 m x 10 m, divididas em linhas com quatro parcelas, as linhas foram demarcadas em duas bordas (borda com estrada de rodagem e borda florestal) e no interior da Reserva Biológica do Córrego Grande, localizada no município de Conceição da Barra, ES. Foram considerados como pertencentes ao estrato de regeneração natural todos os indivíduos com altura mínima de 50 cm e diâmetro a altura do peito (DAP) inferior a 2,5 cm. As amostras do banco de sementes do solo foram coletadas nos primeiros 8 cm do solo e levadas para um viveiro onde se realizou a avaliação das sementes germinadas. Foram coletados dados de umidade, densidade, abertura de dossel e realizadas análises físico-químicas do solo. Com os dados da composição e abundância das espécies foram realizadas a similaridade entre o gradiente borda-interior entre as bordas e o interior do fragmento com base no índice de Bray-Curtis, utilizando o método de agrupamento por médias não ponderadas (UPGMA). Com os dados das variáveis ambientais foi realizada a Análise de Redundância (RDA), para verificar a influência ambiental e espacial na vegetação do estrato regenerante. A análise do agrupamento permitiu verificar que a borda com estrada de rodagem, apresentou mais diferenças com as demais áreas, tanto para a regeneração natural como para o banco de sementes, para a regeneração natural essa diferença é maior para os primeiros 10 m e para o banco de sementes foi observada até os 30 m. As principais variáveis ambientais que contribuem para explicar a distribuição das espécies foram umidade, abertura de dossel e resistência a penetração do solo, em relação ao espaço, foram gerados 8 variáveis espaciais Moran’s Eigenvector Maps, sendo que os três primeiros eixos explicam 45,16% da variação na composição florística do estrato regenerante. A composição florística da regeneração natural e do banco de sementes permite concluir que ambos são dois importantes mecanismos de resiliência. Este estudo verificou que o efeito de borda ocorre principalmente sobre a composição das espécies, sendo que entre as áreas estudadas observou ser mais efetiva nos primeiros metros da borda com estrada de rodagem para a regeneração natural (0-10 m) e banco de sementes do solo (0- 30 m).

Palavras-chave: Efeito de borda; distribuição de espécies; Floresta de tabuleiro.

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